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Sem sentido CRÍTICA

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Crítica de Sem Sentido (2023)


Lançado em 2023, Sem Sentido é uma obra que desafia as convenções do cinema contemporâneo, mesclando elementos de drama, comédia e surrealismo de uma forma audaciosa. Dirigido por um cineasta de estilo único, o filme mistura o absurdo com a reflexão, criando uma narrativa que, embora confusa em muitos momentos, busca provocar uma análise sobre a vida, os relacionamentos e a busca por significado em um mundo que muitas vezes parece desprovido de lógica.

Enredo: Uma Jornada de Incompreensão

A história de Sem Sentido segue a vida de um homem comum, interpretado por um ator de talento emergente, que se vê confrontado com situações cada vez mais absurdas e sem explicação. Inicialmente, ele busca encontrar um propósito claro em sua vida cotidiana, mas à medida que os eventos se desenrolam, ele começa a perceber que nada parece ter um significado real. Os encontros com pessoas e situações que não fazem sentido se tornam cada vez mais frequentes, e ele se vê preso em um ciclo de dúvidas existenciais, que desafia sua percepção de realidade.

O filme toma como base essa ideia de um personagem comum tentando lidar com um mundo incompreensível, onde a lógica parece ter desaparecido. Isso é representado visualmente por uma série de cenas que misturam o banal com o absurdo, criando uma atmosfera de surrealismo e estranhamento. A narrativa é fragmentada, com transições abruptas entre momentos de normalidade e cenas que mais parecem surgidas de um pesadelo, fazendo com que o público questione constantemente o que é real e o que é apenas uma projeção mental do protagonista.

Personagens: Uma Crítica à Condição Humana

O protagonista de Sem Sentido, vivido com intensidade por um ator talentoso, é um personagem profundamente complexo. Sua busca por um propósito é, em muitos momentos, quase desesperada. A performance do ator é eficaz ao capturar as angústias e frustrações de alguém tentando encontrar sentido em um mundo que não parece fazer sentido algum. Seu conflito interno é palpável, e a sensação de desorientação que ele transmite ao longo do filme ressoa com a audiência, especialmente em um cenário onde muitos podem se sentir igualmente perdidos.

Os personagens coadjuvantes do filme têm a função de contribuir para essa sensação de desorientação. Eles não são personagens com profundidade emocional tradicional, mas sim figuras que surgem e desaparecem de maneira inexplicável, muitas vezes desafiando as convenções do roteiro. Alguns deles agem como uma espécie de reflexo das dúvidas do protagonista, enquanto outros representam a natureza absurda do mundo em que ele se encontra. Há uma intenção clara de mostrar que as interações humanas são muitas vezes caóticas e sem propósito, e isso é feito de maneira tanto poética quanto irritante.

Temas: O Absurdo da Existência e a Busca por Sentido

Um dos principais temas de Sem Sentido é a busca incessante do ser humano por significado em um mundo que, aparentemente, não oferece respostas satisfatórias. O filme faz uma clara referência ao absurdo existencialista, abordando as questões de identidade, propósito e a desconexão que muitos sentem em relação à sociedade moderna. A repetição de situações sem sentido e as interações que levam a lugar nenhum servem como metáforas para a sensação de vazio que pode acompanhar a vida cotidiana.

A produção não se esquiva de tocar em temas pesados, como a alienação e o desespero diante do desconhecido. A falta de respostas claras e a constante dúvida do protagonista são elementos centrais que, em certo ponto, chegam a ser quase exasperantes, mas também são reflexões poderosas sobre a condição humana. A forma como o filme lida com essas questões pode ser desconcertante, já que ele não oferece soluções fáceis ou uma narrativa linear que permita ao espectador se sentir confortável em suas conclusões.

Direção e Estilo Visual: O Surrealismo como Ferramenta de Reflexão

A direção de Sem Sentido é uma das maiores características do filme. O cineasta se aproveita do surrealismo para criar uma atmosfera de desconforto constante, utilizando imagens e transições visuais que desafiam a lógica e o entendimento convencional. A câmera muitas vezes se move de maneira errática, e as cenas se sucedem de forma abrupta, sem uma conexão óbvia, o que reforça a sensação de desorientação do protagonista.

A fotografia do filme é marcante, utilizando cores saturadas e contrastes fortes para destacar a divisão entre o que é real e o que é fantasioso. A paleta de cores vai desde tons vibrantes, que representam momentos de euforia ou excitação, até tons escuros e sombrios, que evocam o desespero e a perda de controle. Essa dinâmica visual contribui significativamente para o clima do filme e é um dos elementos que mais chama a atenção do público, mesmo que o próprio enredo seja muitas vezes difícil de decifrar.

Além disso, a trilha sonora de Sem Sentido é usada com maestria para amplificar a sensação de caos e incerteza. As músicas, muitas vezes dissonantes, criam um ambiente auditivo desconcertante, que complementa perfeitamente a narrativa e as imagens. A música parece seguir o mesmo caminho do filme, ora suave e contemplativa, ora abrupta e perturbadora, refletindo o estado emocional do protagonista e a natureza imprevisível da trama.

Conclusão: Um Filme Desafiador, Mas Provocador

Sem Sentido é, sem dúvida, um filme que não busca agradar a todos os públicos. Seu estilo único e abordagem desconcertante fazem com que muitos espectadores possam se sentir perdidos ou frustrados, especialmente aqueles que esperam uma narrativa mais convencional ou uma conclusão clara. No entanto, para aqueles dispostos a abraçar a incerteza e refletir sobre os temas existenciais que o filme levanta, ele oferece uma experiência profundamente provocadora.

A obra não tem a intenção de fornecer respostas fáceis ou agradar com uma resolução convencional. Em vez disso, Sem Sentido nos força a confrontar a complexidade e o caos da vida, mostrando que, muitas vezes, a busca por um significado claro pode ser mais tortuosa e enigmática do que imaginamos. A atuação sólida, a direção criativa e a abordagem visual arrojada fazem deste um filme que, mesmo sendo desafiador, oferece uma reflexão valiosa sobre a condição humana.

Nota Final: 8/10

Um filme que exige paciência e reflexão, mas que recompensa aqueles dispostos a enfrentar o absurdo da vida e a complexidade das emoções humanas.

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Publicado em:Diário do Flogão - Previsão do Futuro e do Passado | Máquina do Tempo Online

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