[Anderson Paraibano]

Extrema ou Estrema: Explorando os Limites do Vocabulário

Introdução

A língua portuguesa é rica em nuances e peculiaridades, e uma das questões que muitas vezes confundem os falantes é o uso correto dos termos “extrema” ou “estrema”. Ambas as palavras são amplamente utilizadas, mas será que elas têm o mesmo significado? Neste artigo, mergulharemos nesse tópico intrigante, desvendando as diferenças entre as palavras “extrema” e “estrema”, e como cada uma delas pode ser empregada adequadamente.

Definição e Uso de “Extrema”

Comecemos pela palavra “extrema”. Essa palavra é um adjetivo feminino singular derivado do termo latino “extremus”, que significa “o mais afastado” ou “o último”. “Extrema” é comumente usada para se referir a algo que está nos limites, nos pontos mais distantes ou extremos de alguma escala, seja física ou abstrata. Por exemplo:

“A pobreza extrema é um problema que afeta milhões de pessoas ao redor do mundo.”
“O alpinista enfrentou condições extremas durante a escalada da montanha.”
“A música clássica é conhecida por suas dinâmicas extremas, indo desde momentos suaves e delicados até explosões de intensidade.”
Nesses exemplos, a palavra “extrema” é utilizada para descrever situações, condições ou características que estão em um grau muito elevado ou em um extremo de um espectro.

Definição e Uso de “Estrema”

Por outro lado, a palavra “estrema” não é tão comumente utilizada quanto “extrema” e geralmente é considerada arcaica ou regional. “Estrema” também é um adjetivo feminino singular, derivado do termo latino “extremus”. No entanto, seu significado é um tanto distinto de “extrema”. “Estrema” está relacionada com a palavra “extremar”, que significa “afastar-se ao máximo” ou “exacerbar”. Esse uso está mais presente em algumas regiões de Portugal e, em alguns casos, pode ser substituído por “extrema”.

Exemplo:

“A situação político-social estrema levou a um aumento da polarização na sociedade.”
Nesse exemplo, “estrema” é usado para descrever uma situação de intensificação ou aumento ao extremo. É importante mencionar que esse uso é menos comum e pode não ser amplamente reconhecido pelos falantes de todas as regiões de língua portuguesa.

Conclusão

Embora “extrema” e “estrema” sejam palavras aparentadas, suas diferenças são claras. “Extrema” é amplamente utilizada para descrever algo que está nos limites, nos pontos mais distantes ou extremos de uma escala, enquanto “estrema” é menos comum e regional, sendo usada para descrever uma intensificação ou aumento ao extremo. Ao comunicar-se em português, é recomendável usar a palavra “extrema”, que é mais comumente aceita e reconhecida pelos falantes de todas as regiões lusófonas. Aprecie a diversidade e a riqueza da língua portuguesa, mas esteja atento ao seu uso adequado para garantir uma comunicação eficaz e precisa.

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